Ao lado o MPF reconhece a dificuldade em provar os “crimes de Lula” mas pedem a condenação de Lula com base em decisão similar anterior de Rosa Weber no Mensalão do PT.
Jornal GGN – Nesta sexta-feira (3), o Ministério Público Federal pediu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais seis réus sejam condenados por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro e que cumpram as penas em regime fechado. Nas alegações finais entregues ao juiz Sérgio Moro, dentro do processo sobre o suposto pagamento de propina da OAS através de um triplex no Guarujá (SP), os procuradores afirmam que o apartamento foi uma contrapartida por contratos fechados pela OAS com a Petrobras durante o governo Lula.
Entre os réus, estão o ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, e outros executivos da construtora, que foram acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
O MPF também diz que as penas de Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho, devem ser reduzidas pela metade, já que eles “espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, tendo em vista, ainda, que forneceram provas documentais acerca dos crimes que não estavam na posse e não eram de conhecimento das autoridades públicas”.
Os procuradores também pedem que Sergio Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26, que seria correspondente ao valor das propinas pagas pelas OAS, e querem que Lula seja condenado a pagar outros R$ 87 milhões em multas.
Por meio das redes sociais, Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, afirma que os procuradores “insistem no juízo de convicção ao invés de provas”.
“Os procuradores afirmam que “a solução mais razoável é reconhecer a dificuldade probatória” e pedem a condenação sem provas”, escreveu Zanin no Twitter.
O advogado também afirmou que “as alegações finais apresentadas pelo MPF nesta sexta com base em “juízo de convicção” seguiram a absurda lógica do PowerPoint”. Por último, a defesa de Lula diz que entregará as alegações finais no dia 22, “mostrando que sua inocência foi provada no caso triplex”.