O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Novo e os deputados Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), apresentarão à Procuradoria Geral da República (PGR) dois pedidos para que o órgão apure a interferência do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e do chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para ajudar Flávio Bolsonaro no caso Queiroz, elaborando relatórios entregues à defesa do filho do presidente da República. A informação é do jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Época.
Segundo o jornalista, os pedidos querem a responsabilização dos agentes responsáveis e que a PGR verifique se Heleno, Ramagem e outros servidores cometeram improbidade administrativa e crime contra a administração.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu pelo menos dois relatórios de orientação para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a defesa do parlamentar sobre o que deveria ser feito para obter os documentos com o objetivo de embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz. Os documentos foram enviados em setembro para o filho de Jair Bolsonaro. A Abin é um órgão do Estado brasileiro e sua apropriação pela família Bolsonaro, para cobertura de crimes, é um escândalo sem precedentes.
De acordo com informações publicadas pela coluna de Guilherme Amado, a Abin detalhou o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria analisado de forma ilegal os dados fiscais dele para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas.