A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira (9), durante buscas no âmbito da Operação E$squema S, que atingiu o escritório que cuida dos processos do ex-presidente Lula, de Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, os grampos com integrantes da equipe a mando do então juiz da Lava Jato, Sergio Moro.
Segundo reportagem do jornal O Globo, os arquivos estavam salvos em um HD externo, que continha 23 dias de interceptações telefônicas do principal ramal do escritório, feitas em 2016.
Nos áudios, há conversas de 25 advogados do ex-presidente, feitas entre eles, e também um diálogo de Zanin Martins com o próprio Lula. O grampo já havia sido denunciado na Justiça pela equipe de defesa do ex-presidente. Os advogados já foram ao STF sobre o caso.
A interceptação do número foi conseguida com uma dissimulação do Ministério Público Federal. No pedido de quebra de sigilo de telefones ligados a Lula, os procuradores da Lava Jato incluíram o número do Teixeira, Martins e Advogados como se fosse da Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa de palestras do ex-presidente.
Em 2018, o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) atendeu a um pedido dos advogados de Lula e determinou a destruição das gravações, além da exclusão do material do processo. A defesa fez uma cópia do conteúdo.