A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a continuidade das investigações acerca das candidaturas laranjas que teriam sido patrocinadas pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na primeira instância judicial, o que vai de encontro ao pedido feito pelo ministro para que a investigação contra ele ficasse sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Dodge, o caso do ministro não pode ser encaixado nas novas regras sobre o foro privilegiado. No ano passado, o STF mudou as regras sobre o foro e restringiu o alcance apenas para os crimes cometidos no mandato e em função do cargo.
“Os fatos em análise, mesmo tendo ocorrido durante o mandato de deputado federal do reclamante, são totalmente estranhos ao exercício do mandato, pois envolvem situações exclusivamente de cunho eleitoral, associadas apenas ao pleito eletivo de 2018”, justificou a procuradora-geral.