Procuradoria-Geral da República pediu ao STF abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelas declarações de cunho racista contra a China. Além de agredir o povo chinês, Weintraub pôs em risco a relação do Brasil com seu maior parceiro comercial.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelos indícios de crime de racismo em declaração de Weintraub contra a China.
Segundo o jornal O Globo, a peça é assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, e aponta que a prática de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime previsto na lei 7.716/1989 e punível com reclusão de um a três anos e multa.
O caso chegou à PGR a partir de uma representação do PSOL na Câmara e também de um cidadão que não quis ser identificado. Após uma análise jurídica, o vice-PGR avaliou que havia indícios suficientes para pedir o inquérito contra Weintraub.
No último sábado (4), Weintraub publicou a capa de uma edição do gibi da Turma da Mônica que se passa na China e usou a fala típica do personagem Cebolinha, que troca o R pelo L, para ridicularizar a forma como imigrantes asiáticos falam português. Weintraub ainda insinuou que a China obteria benefícios com pandemia de coronavírus.
Caso o STF acolha a abertura do inquérito, a PGR poderá realizar diligências, como tomar o depoimento de Weintraub e colher provas sobre o assunto. Ao final da instrução, o vice-PGR vai decidir se é o caso de denunciar o ministro da Educação ao STF pelo crime de racismo.