A Polícia Civil de São Paulo encontrou nesta sexta-feira (17) um posto de combustível suspeito de fornecer etanol adulterado com metanol para a produção de bebidas alcoólicas falsificadas. O caso é investigado no âmbito da Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração do PCC no setor de combustíveis. As informações são do G1.
A fiscalização, feita em parceria com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), foi efetuada em dois endereços: um em São Bernardo do Campo e outro em Santo André, apontado como o principal fornecedor do produto.
O metanol é altamente tóxico e não pode ser usado como combustível nem aditivo. É restrito a ambientes industriais e, quando ingerido, pode causar cegueira e até a morte.
Segundo a polícia, o etanol “batizado” era vendido a um grupo responsável por fabricar bebidas clandestinas ligadas à morte de ao menos três pessoas em São Paulo. A operação desta sexta é desdobramento da ação da semana passada, quando uma fábrica ilegal de bebidas foi descoberta em São Bernardo.
Naquela ocasião, uma mulher foi presa em flagrante por comandar a produção. Agora, os alvos incluem o pai, o ex-marido e outra mulher ligada a ela. Também foi identificado o “garrafeiro”, responsável por fornecer os recipientes usados na falsificação.
A ANP reforçou que só tolera até 0,5% de metanol no etanol veicular, limite considerado tecnicamente inevitável no processo produtivo, qualquer valor acima disso representa adulteração grave e risco à vida.
Portal Sampaio