O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu neste sábado (27) na live do grupo Prerrogativas, transmitida pela TV 247 (assista abaixo), uma mudança na legislação que evite a repetição de abusos como o da Lava Jato, em conluio com juízes.
Respondendo a uma pergunta de Leonardo Attuch, editor do 247, ele falou sobre as mensagens tornadas publicadas graças à ação do hacker Walter Delgatti Neto.
“Nossa, aquilo não é diálogo, aquilo é combinação de resultado, armação de inquérito, acusação de inocentes”, afirmou.
Lira contou que foi vítima desses abusos. “Eu mesmo fui denunciado e exposto aí, e falo isso com muita tranquilidade, durante cinco anos, sem ter nenhuma relação com um único delator, meu inimigo pessoal”, afirmou.
“Quem faz delação naqueles moldes da Lava Jato de Curitiba denunciava que queria, livrava quem queria, não tinha uma prova. Delação tem que ter una caneta de prova, um clipe de prova pelo menos”, acrescentou.
Lira defendeu o aperfeiçoamento das leis que regulam a atuação do Ministério Público Federal e falou sobre a excrescência jurídica criada pela corporação, o PIC, que é o procedimento de investigação criminal, que é aberto sem seguir nenhum padrão legal, como o Código de Processo Penal.
“Precisamos ter leis mais claras no Brasil, para que esses excessos não mais ocorram. Nunca mais.”
Lira também falou do papel de Walter Delgatti Neto e a cobertura que o 247 faz sobre o caso, com uma entrevista histórica com o hacker.
“Aí a participação do hacker, eu queria saudar aí ao pessoal do 247, muito democrático, ao Leonardo e a todos que sempre defenderam a pauta, Porque essa discussão que veio a público, com o vazamento do hacker, elas esclareceram o que todo mundo já sabia, a combinação de delações, a combinação de advogados com procuradores, a combinação de procuradores com juiz, as parcialidades que aconteceram. Eu não quero aqui passar a mão dos desmanches que por acaso tenham ocorrido na Lava Jato. Ela trouxe contribuições para o Brasil. Só que contribuições que se excederam”, destacou.
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