As mulheres têm conquistado espaços significativos no cenário científico do Maranhão, impulsionadas pelo apoio do Governo do Estado. Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), a participação feminina neste segmento se torna mais representativa. Dos 55.172 pesquisadores cadastrados no Patronage (sistema que gerencia bolsas e auxílios da Fundação), 30.344 são mulheres, totalizando 55% dos profissionais apoiados pela instituição.
À medida que se celebra o Dia Internacional da Mulher – 8 de março – se destaca, também, a contribuição dessas pesquisadoras e a importância de suas trajetórias para o avanço da ciência no Estado. Mulheres que estão superando desafios, promovendo avanços e inspirando o público feminino.
O presidente da Fapema, Nordman Wall, aponta a importância da presença feminina nas pesquisas e destaca que esta participação enriquece o ambiente acadêmico, além de projetar uma diversidade de perspectivas.
“Essa expressiva participação feminina é importante para a inovação e avanço do conhecimento. A liderança das mulheres quebra estereótipos e inspira outras mulheres a seguirem carreiras científicas. A Fapema se orgulha em ser contribuinte para um acesso, cada vez maior, das mulheres maranhenses na pesquisa científica”, ressaltou o presidente, destacando que as ações da Fundação seguem orientação do governador Carlos Brandão.
Neste sentido, a instituição reforça as oportunidades para uma maior presença feminina na área da pesquisa. Isso reflete nos números, que mostram mulheres como a maior parcela de pesquisadores apoiados pela Fundação. Esse dado também demonstra o comprometimento do Governo em criar condições para o desenvolvimento científico e tecnológico das pesquisadoras, além de, ao mesmo tempo, promover a igualdade de gênero nesse campo.
As contribuições femininas abrangem uma variedade de campos, desde Ciências Exatas e da Terra; Biológicas, Engenharia e Tecnologia; da Saúde; Agrárias; Sociais; Humanas, Lingüística, Letras e Artes, destacando a diversidade de talentos que o apoio da Fundação tem possibilitado.
“O espaço da mulher tem sido realmente conquistado, e elas têm mostrado suas pesquisas e que são capazes de desempenhar esse papel de trazer retornos à sociedade. Percebemos o avanço, o despertar de mulheres que vêm desenvolvendo pesquisas de ponta. Somos capazes de atuar em campos complexos da ciência. Devemos lutar pelo nosso espaço e nos valorizarmos”, aponta a doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Débora Martins Santos.
A doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Cidinalva Câmara Neres, destaca os dados que mostram a situação das mulheres negras no mercado de trabalho e na educação. “Elas têm mais dificuldades para se manter no trabalho e para completar sua trajetória escolar e, consequentemente, poucas oportunidades nos altos postos de emprego. Isso nos faz ter dificuldades em desenvolver projetos. Temos que fazer frente a uma sociedade machista e racista. É uma dificuldade muito maior”, alertou.
A doutora em Ciências e Reabilitação pelo Ceuma, Maria Cláudia Gonçalves, enfatizou a luta das mulheres no mercado de trabalho.“Eu sou fruto de uma perseverança. Não tive a vida fácil, mas acredito que a educação muda nosso caminho, nos modifica, muda nossa vida. Confiem em si mesmas e perseverem”.
“A ciência é possível para todos. É uma forma de valorizar, e acredito que a representatividade feminina motiva nossas meninas. E mostrar que esta atividade é tão prazerosa quanto outras, mostrar o lugar ‘ciência’, é nossa missão”, frisou a doutora em Engenharia Mecânica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), Ivana Oliveira Maia.
As trajetórias individuais dessas e outras pesquisadoras são inspiradoras, e mostram que, quando dadas as oportunidades e o suporte adequados, as mulheres podem alcançar feitos notáveis na pesquisa.
“Ao correlacionar essas conquistas ao Dia Internacional da Mulher, reconhecemos que a participação ativa das mulheres na pesquisa é uma forma tangível de promover a igualdade de gênero. Essas mulheres superam barreiras em suas áreas de atuação e servem como modelo para futuras gerações, provando que o talento e a dedicação não têm gênero”, enfatiza Nordman Wall.
Mais que celebrar a data, é importante reconhecer as conquistas individuais e o impacto coletivo que as mulheres pesquisadoras têm na construção de um futuro mais equitativo e inovador. O Maranhão é um exemplo de como o investimento em talentos femininos na ciência promove a diversidade e impulsiona o progresso, em todas as áreas do conhecimento. Histórias que devem ser contadas para inspirar e motivar a próxima geração de mulheres cientistas.
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