Aos 85 anos, completados em 17 de agosto, o cantor e compositor carioca Monarco lança, na primeira quinzena de outubro, álbum autoral intitulado Monarco de todos os tempos por conta de o repertório do disco conciliar músicas inéditas com sambas antigos.
Da safra de inéditas, um dos trunfos é Uma canção para São Luís, celebração da capital do Maranhão gravada com a participação de Alcione, cantora nascida nesse estado nordestino e orgulhosa das origens maranhenses. O compositor caracteriza a música como “uma pequena homenagem ao ilustre e grande amigo maranhense Mário Moraes”.
No disco Monarco de todos os tempos, Hildemar Diniz – nome de batismo desse bamba associado à escola de samba Portela – dá voz a parcerias feitas com os filhos Marcos Diniz e Mauro Diniz. Com os dois, Monarco assina Vem, meu grande amor (2012). Somente com Mauro, o bamba assina Hora da partida (1989) e o inédito samba Nova criatura, entre outras músicas do disco.
Dentre as regravações, Seu Bernardo sapateiro (1989) – samba de Monarco com Alcino Correia Ferreira (1948 –2010), o Ratinho – merece menção honrosa por trazer a voz de Zeca Pagodinho, intérprete de sucessos da dupla de compositores, como Coração em desalinho(1986) e Vai vadiar (1998).
Início de felicidade (1977) é samba raro, de autoria somente de Monarco, e até então gravado somente pelo cantor Roberto Ribeiro (1940 – 1996) em álbum editado há 41 anos. Já Obrigado pelas flores, samba lançado por Beth Carvalho em disco de 1979, é parceria de Monarco com outro pioneiro bamba da Portela, Manacéa (1921 – 1995).
O álbum Monarco de todos os tempos será lançado pela gravadora Biscoito Fino, sucedendo Monarco – Passado de glória (2014), álbum comemorativo dos 80 anos do sambista que, apesar do tom retrospectivo do título, foi disco gravado com músicas inéditas.