Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), os rodoviários do transporte público semiurbano iniciaram a greve devido ao atraso no salário.
Os rodoviários do transporte público semiurbano, que atendem os municípios da região metropolitana de São Luís, iniciaram uma greve desde as primeiras horas desta quinta-feira (25) na capital.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), Marcelo Brito, um atraso no salário deste mês motivou a paralisação de rodoviários logo no começo do dia. As empresas do transporte semiurbano da Grande São Luís deveriam ter efetuado o pagamento aos trabalhadores desde o dia 20.
Com a paralisação, estão sendo prejudicados usuários do transporte público de Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. A estimativa é que 300 ônibus que atendem a população dos três municípios não estejam circulando nesta quinta-feira, prejudicando mais de 100 mil pessoas.
Passageiros buscam alternativas
Por conta da greve, os usuários do transporte coletivo estão sendo obrigados a buscar alternativas para não deixar de cumprir os seus compromissos. Devido ao anúncio inesperado da paralisação, as paradas de ônibus continuam lotadas nas regiões afetadas.
Dentre os meios de transportes alternativos utilizados pelos passageiros estão vans, mototáxis e transporte por aplicativo. De acordo com o Sindicato, ainda não há previsão para o retorno dos coletivos.
Por meio de nota, a Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) disse que repassou o subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril e que é delas a responsabilidade de efetuar o pagamento dos funcionários. Leia na íntegra:
“A Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informa que foi realizado o pagamento do subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril, que não é destinado à remuneração de funcionários. O pagamento dos funcionários é de responsabilidade das empresas de transporte público.
A MOB destaca que em casos de grandes dificuldades por parte das empresas, que resultem no comprometimento do serviço prestado, poderá ser feita intervenção ou mesmo substituição para que os usuários não sejam prejudicados.
Destaca ainda que está em processo de análise, buscando a total licitação do sistema de transporte semiurbano no Maranhão”.
Greve ‘irregular’
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) entrou com uma ação na Justiça do Trabalho acusando a greve de ilegalidade. De acordo com o diretor do SET, Paulo Renato Pires, o sindicato deveria ter sido comunicado da paralisação com até 72 horas antes do início da movimento, como determina a legislação trabalhista.
A direção afirma que não foi comunicada e por isso, pede que a greve seja decretada ilegal. Além do pedido de ilegalidade, a ação também solicita que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) seja multado pelo movimento.
Última paralisação
Em fevereiro deste ano, após três dias de greve, os rodoviários chegaram a um acordo com a classe patronal sobre o reajuste salarial e os benefícios.
A decisão aconteceu após o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) oferecer uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegurar a manutenção do plano de saúde e não ofertar qualquer percentual de reajuste nos salários, enquanto a categoria quer garantir todos esses direitos
O último impasse na negociação para o encerramento da greve dos rodoviários na Grande São Luís foi resolvido após a Prefeitura de São Luís e a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) se comprometerem a fazer o repasse do acréscimo de R$ 0,65 no subsídio ao SET, que terá de mostrar mensalmente quantos usuários do transporte público foram beneficiados com esse pagamento.
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