Uma operação policial, deflagrada na manhã desta terça-feira (17), pela Polícia Civil, Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e Polícia Federal resultou na prisão preventiva de sete pessoas envolvidas em golpes aplicados por meio de celular a deputados maranhenses, ministros de estados e outros.
O suspeito de ser o responsável pelos golpes, identificado como Leonel Pires Júnior, foi preso em um apartamento, em um condomínio de alto padrão, no bairro Parque Shalom, em São Luís. Ele já era investigado pela polícia por ser o cabeça do que era conhecido como “golpe do WhatsApp”.
“O que motivou essa prisão foram as investigações do caso de um ministro de Estado e, também, o caso do golpe aplicado ao deputado estadual Adriano Sarney, onde Leonel faturou R$ 70 mil”, conta o delegado Odilardo Muniz, do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos, da Seic.
Outras seis pessoas, usadas como laranjas nos crimes, também foram presas, na manhã desta terça-feira.
O grupo abria contas bancárias falsas e utilizava contas “emprestadas” pelos laranjas para receber valores provenientes das fraudes aplicadas em razão do desvio dos terminais telefônicos, em que os agentes criminosos se “apossavam” das contas de WhatsApp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas constantes de suas listas de contato.
“O Leonel utilizou a sua empresa para conseguir chips e depois trocá-los, cancelando os verdadeiros. Dos 120 chips que ele tinha, 79 foram usados para golpes só na operadora Vivo”, revela o delegado da Seic.
De acordo com a polícia, com os golpes, Leonel Pires comprava produtos por meio das contas fraudadas.
Ainda segundo informações da polícia, em 2016, Leonel já havia sido indiciado por praticar o mesmo tipo de golpe. Entretanto, ele não foi preso, pois conseguiu fugir. Mesmo sendo indiciado, o suspeito respondia o processo em liberdade.
Após o cumprimento de mandado de prisão, na manhã desta terça-feira, Leonel Pires foi encaminhado para a sede da PF, no bairro Cohama, onde será interrogado tanto pelo delegado Odilardo Muniz, quanto pelo delegado da PF responsável pelo caso.
Os outros suspeitos de participação nos golpes, que também foram presos, serão ouvidos, ainda nesta terça-feira, na sede da Seic, sendo encaminhados pela o Sistema Penitenciário logo após.