O governo do Maranhão realiza um trabalho integrado com todas as forças de segurança para garantir a paz nas escolas das redes pública e privada. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) tem intensificado o trabalho de investigação em face da propagação de ameaças a instituições de ensino para prevenir episódios de violência no ambiente escolar e em seu entorno, o que já resultou em 15 apreensões no estado. Nenhum ataque a escolas no Maranhão foi registrado.
Os adolescestes foram apreendidos na Grande Ilha e também nos municípios de Bequimão, Caxias, Governador Nunes Freire e Barra do Corda. Também houve apreensões nos estados de São Paulo e Goiás, em uma operação conjunta com as polícias dos respectivos estados. Por decisão judicial, cinco já foram internados em unidades de ressocialização. As medidas determinadas pelo Estatuto da Criança e Adolescente estão sendo aplicadas.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Mauricio Martins, afirma que desde a semana passada as forças de segurança estão empenhadas em solucionar todas as denúncias que chegam por meio dos canais oficiais ou nas delegacias dos bairros. Além disso, o serviço de inteligência da Polícia Civil concentra esforços no monitoramento das redes sociais.“O governador Carlos Brandão determinou dedicação total nesse caso. Estamos trabalhando de forma integrada com a Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros e, principalmente, com o Serviço de Inteligência, e assim, já identificamos e conduzimos para a delegacia 15 menores, dois moram fora do estado, um em São Paulo e outro em Goiás, sendo que eles foram descobertos pelo serviço de inteligência”, afirmou o secretário Maurício Martins.
O trabalho preventivo da Polícia Militar, por meio do Batalhão Escolar, segue intensificado com rondas e palestras nas salas de aula. O 1° BEPM, que integra o Comando de Segurança Comunitária (CSC), exerce Policiamento Comunitário Escolar, que consiste no atendimento à comunidade, pautado em ações preventivas, ostensivas e educacionais. O Batalhão Escolar desenvolve o papel de acompanhamento das escolas, combatendo a violência nesses ambientes; prevenção à entrada de jovens no mundo das drogas e da criminalidade; resolução de conflitos nas unidades de ensino; orientação aos pais com participação em reuniões, dentre outras ações lúdicas e sociais. “É um trabalho que fazemos há cinco anos e que, agora, estamos reforçando, visitando mais escolas, sempre focados nos diálogos com os jovens”, contou o comandante geral da Polícia Militar, Emerson Bezerra.
O delegado de Polícia Civil, Jair Paiva, detalhou os canais de denúncia em caso de suspeitas de ataques a escolas. “Em caso de suspeitas e/ou ameaças de ataques nas escolas, o cidadão pode comunicar ao sistema de segurança da forma que for mais fácil para ele. A denúncia pode ser feita diretamente para a direção da escola, pelo Disk-Denúncia 181, pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) 190, fazer o registro na delegacia online, ou na delegacia do bairro, posto policial mais próximo, ou seja, o que for mais acessível para que possam ser tomadas as devidas providências. Quanto à prevenção nas redes sociais dos filhos, recomendo que os pais chequem os perfis que mais acessam, se algum colega está ameaçando. Se constatar alguma coisa, siga o mesmo procedimento de denúncia”, concluiu.
Reforço nas ações
O Governo do Maranhão estabeleceu diálogo com diversos segmentos da sociedade para traçar uma linha de ação contra ameaças em escolas da rede pública e privada. Foram sugeridas medidas estratégicas que serão apresentadas ao governador Carlos Brandão, incluindo a instituição de um comitê direcionado à segurança nas escolas com representantes do poder público e da sociedade civil.
Participaram da discussão secretarias de estado, polícias, entidades estudantis, representantes do poder legislativo, judiciário e Ministério Público. Fazem parte ainda da lista de propostas a serem validadas e implementadas: o atendimento psicossocial para estudantes, realização de campanha publicitária de combate à violência, aumento do efetivo da ronda escolar, reunião com gestores escolares com informação e orientações sobre os casos de violência, além da mobilização dos estudantes com atividades culturais, esportivas e uma Semana Pedagógica.
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