Nem o santo escapa das maldades de Michel Temer. A conta de luz subirá para o consumidor residencial em até 15% em 2018, mas o peemedebista botará a culpa em São Pedro. Uma baita sacanagem, portanto.
A inflação estimada para o ano que vem é de 4%, qual seja, 11% acima do índice IPCA.
O que encarece o preço da energia não é a falta de chuva, mas o sistema privado de gestão e a fome por lucro de sócios privados nas companhias mistas. Vide o caso da paranaense Copel, que elevou de 25% para 50% a distribuição de lucros para sócios privados.
A energia elétrica no Brasil cuja matriz principal é a hidrelétrica, ou energia velha, é produzida a partir de usinas amortizadas (já pagas). Dito isto, ao invés de aumentar o governo deveria reduzir o preço da tarifa para induzir o crescimento econômico do país.
Mas a intenção do governo Temer não induzir o crescimento nem baratear a energia para os usuários. Pelo contrário. A ideia do peemedebista é privilegiar a especulação — inclusive com a energia — em detrimento da produção.
Privatizando o sistema Eletrobras, necessariamente, aumentará ainda mais o preço da tarifa de energia para os consumidores residenciais e industriais. Além de não investirem nada na produção, as futuras controladoras repassarão os custos da compra na conta do usuário que já pagou pelas usinas amortizadas.