“É inaceitável que uma das potências mundiais seja governada por uma pessoa cujo único itinerário, quando no Brasil, é do Palácio do Jaburu pro Palácio do Planalto e do Palácio do Planalto pro Palácio do Jaburu. Uma pessoa, que em virtude de sua situação juridicamente duvidosa – acusado de corrupção em pleno mandato pela Procuradoria Geral da República – não tem laços com nenhum líder mundial. A comunidade mundial sabe que ele pode ser afastado em uma semana”, critica o colunista do 247 Alex Solnik sobre a situação em que se encontra Michel Temer atualmente; “Temer é um presidente-fantasma de um trem-fantasma chamado Brasil. Não sabemos para onde ele nos leva, a única certeza é que a viagem se dá num cenário de terror”, diz Solnik.
Num momento tão delicado como esse, em que o mundo volta a falar em guerra nuclear, em que escaramuças, intrigas e atritos envolvendo os três mais poderosos países do mundo – Estados Unidos, China e Rússia – com a participação não menos insinuante da pequena, mas agressiva Coréia do Norte, nos deixa apreensivos a todos, termos à testa do país um presidente que mais se assemelha a um fósforo queimado e um governo invertebrado é um insulto, uma vergonha e um perigo.
É inaceitável que uma das potências mundiais seja governada por uma pessoa cujo único itinerário, quando no Brasil, é do Palácio do Jaburu pro Palácio do Planalto e do Palácio do Planalto pro Palácio do Jaburu.
Uma pessoa, que em virtude de sua situação juridicamente duvidosa – acusado de corrupção em pleno mandato pela Procuradoria Geral da República – não tem laços com nenhum líder mundial.
A comunidade mundial sabe que ele pode ser afastado em uma semana.
Temer é um presidente-fantasma de um trem-fantasma chamado Brasil.
Não sabemos para onde ele nos leva, a única certeza é que a viagem se dá num cenário de terror.
Ninguém que fala inglês quer papo com ele. Ninguém telefona para ele. Ninguém o convida para reuniões importantes.
Ocupado com a compra explícita de votos para não ser demitido – embora já o tenha sido pelos brasileiros – não é surpreendente que não diga nada a respeito dessa crise gigantesca, um tsunami que se prenuncia: não tem tempo para pensar em outra coisa senão em manobras para evitar descer a rampa com tornozeleira.
Não sabemos de que lado ele está. Não sabemos de que lado o Brasil está.
Se está comprometido com o BRICS deve ficar ao lado de China e Rússia, mas a diplomacia brasileira é totalmente submissa a Trump.
Como ficamos então? Continuamos no BRICS apesar da paixão irrefreável pelo presidente americano?
Ou abandonamos o BRICS apesar de ser a aliança que pode alçar o Brasil a patamares mais altos na economia mundial, onde merecemos estar?
Eu acho que China, Rússia e Coréia do Norte estão unidas no movimento que tem por objetivo colocar os Estados Unidos contra a parede. Não destruir, mas encurralar. A Coréia é o cachorro que late, mas late porque sabe que tem na retaguarda dois cachorros que mordem.
Escolheram esse momento de fragilidade da administração Trump, que passa por trepidações desde que se formou para afastar definitivamente os Estados Unidos do topo do mundo.
China, Rússia e Coréia do Norte sabem que sozinhas não têm cacife para tomar o lugar, mas unidas podem frear a sede de poder americana.
Eu gostaria muito de saber o que o nosso líder ou o seu ministro das Relações Exteriores pensam de tudo isso, mas eles não enxergam nada além da Venezuela.