Michel Temer, protagonista do capítulo mais vergonhoso da história do Brasil, que foi o golpe dos corruptos contra a presidente honesta Dilma Rousseff, já pode preparar sua carta de renúncia. Nesta quinta-feira 29, ele foi encurralado pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que mandou prender seu operador e parceiro imobiliário José Yunes, seu articulador político e também operador Wagner Rossi e o empresário Antônio Celso Grecco, acusado de pagar propinas no porto de Santos.
Com esse strike, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge fatalmente apresentará a terceira denúncia contra Temer, que escapou das duas anteriores, por corrupção e comando de quadrilha, torrando bilhões na compra de deputados. Com uma terceira denúncia nas mãos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se coloca como pré-candidato à presidência da República, não terá como rejeitá-la – até porque isso seria um presente para os deputados. Como Temer é rejeitado por 94% dos brasileiros, nada melhor do que degolá-lo antes das eleições.
A ascensão de Maia à presidência também interessa diretamente à Globo e às forças que lideraram o golpe de 2016, porque até agora não conseguiram produzir um candidato competitivo para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aposta é que Maia, com a caneta nas mãos, possa tentar superar o deputado Jair Bolsonaro, que ocupou o espaço da direita brasileira.