Os pastores-empresários estão em pé de guerra. Entre eles. O barulhento Silas Malafaia acusa a Igreja Universal de fazer “um jogo estratégico nojento” ao apoiar a indicação de Kassio Nunes Marques para o STF (Supremo Tribunal Federal), feita por Jair Bolsonaro.
Ele é mais um dos “bolsonaristas raiz” em choque com o governo que ajudou a eleger. Malafia acusa Nunes que “tem amizade com a turma do PT” e “posição muito dúbia” sobre aborto. “Precisa de mais alguma coisa?”, complementa. Para ele, o juiz é de esquerda.
Em entrevista à jornalista Anna Virginia Balloussier, da Folha de S.Paulo. Malafaia acusa a Universal, de seu ex-aliado Edir Macedo de, com o apoio a Nunes, retribuir a Bolsonaro pelo suporte a dois candidatos a prefeito da igreja concorrente: no Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, sobrinho de Edir, e em São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno. Ambos são do Republicanos, partido ligado à igreja.
Na bancada evangélica, segundo a jornalista Balloussier, circula a versão de que Malafaia já esteve mais em alta com Bolsonaro. Ele associa a ideia a uma “dor de cotovelo” e diz que o presidente, que lhe dá acesso liberado, costuma brincar: “Quando Malafaia bota dois áudios seguidos no meu zap, eu nem escuto, sei que é bronca”.