O indigenista Bruno Pereira, da Fundação Nacional do Índio, que desapareceu no último domingo (5) junto com o jornalista britânico Dom Phillips, na região do Vale do Javari, na Amazônia, recebeu um bilhete apócrifo com ameaças explícitas que foi deixado no escritório de advocacia que representa a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), ONG para a qual ele vinha trabalhando voluntariamente, em Tabatinga, no Amazonas.
”Sei quem são vocês e vamos achar para acertar as contas”, diz um trecho do bilhete de acordo com o jornal O Estado S. Paulo. “Sei que quem é contra nós é o Beto Índio e o Bruno da Funai é quem manda os índios irem prender nossos motores e tomar os nossos peixes. (…) Se querem dar prejuízo, melhor se aprontarem. Está avisado”, diz um outro trecho da mensagem. Ainda de acordo com a reportagem, o bilhete surgiu há cerca de um mês e meio e foi endereçado ao advogado Eliesio Marubo.
Beto e Eliesio Marubo são líderes da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Já o indigenista Bruno Pereira – considerado um dos mais experientes do país, além de ser uma referência internacional no contato com povos isolados – havia se licenciado da Funai para coordenar um projeto de melhoria da vigilância das terras indígenas. A iniciativa, porém, enfrenta forte resistência de madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais que atuam na região. Brasil247
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