Uma reportagem publicada pela BBC Brasil nesta sexta (8) levanta a suspeita de que Aécio Neves (PSDB) foi beneficiado pela subcontratação de empresa especializada em administrar perfis falsos nas redes sociais, com o objetivo de influenciar as eleições de 2014. O marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, gastou meio milhão de reais com a empresa Facemedia, que também trabalhou para o Comitê Nacional do PSDB e outros políticos ligados ao PMDB.
A matéria foi feita com base em uma investigação jornalística que chegou aos funcionários da empresa Facemedia, contratados para gerenciar os perfis falsos. Em média, cada um cuidava de cerca de 20 “personas” que eram criadas pela equipe do empresário Eduardo Trevisan.
A agência PVR, de Paulo Vasconcelos, o marqueteiro da campanha presidencial de Aécio, pagou R$ 504 mil para a Facemedia entre março e julho de 2014, diz a BCC. A despesa consta em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira), de julho deste ano.
Não se sabe exatamente para qual cliente de Vasconcelos a Facemedia trabalhou. Questionada, a PVR disse que contratou os serviços de Trevisan para fazer “monitoramento e análise do ambiente político” nas redes. Além do PSDB, Vasconcelos também fazia assessoria para a J&F. Tanto Aécio quanto a JBS aparece em mensagens postadas pelos perfis falsos, mas os envolvidos negam que o senador tucano tenha sido beneficiado.