“Paradoxalmente, a Operação Lava Jato, conduzida por Moro, fortaleceu o ex-presidente Lula na corrida eleitoral. Isso porque, se antes ele apanhava sozinho, agora passou a dividir chumbo com seus principais adversários, também atingidos pelas delações da Odebrecht”, destaca Leonardo Attuch, editor do Brasil 247; “Lula, em tese, ainda pode ser inviabilizado por uma dupla condenação judicial, em primeira e segunda instâncias, que o tornaria ficha-suja. Mas seria uma manobra extremamente arriscada por um país que passou por um processo de impeachment traumático e amplamente contestado, que, como disse Temer numa entrevista à televisão, só ocorreu porque Dilma Rousseff não garantiu os três votos do PT no conselho de ética da Câmara dos Deputados ao ex-deputado Eduardo Cunha, hoje condenado a 15 anos e quatro meses de prisão. O desafio da direita brasileira, portanto, hoje parece ser muito maior do que antes do impeachment: encontrar meios de vencer Lula nas urnas”, avalia o jornalista.