Um dia após a divulgação da pesquisa CUT/Vox Populi que aponta Lula vencendo já no primeiro turno as eleições presidenciais de 2018, a presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, disse durante um encontro com lideranças sindicais em Washington, nos Estados Unidos, que o resultado dessas pesquisas “dá um trauma generalizado”; segundo ela, o processo contra Lula é hoje “a principal pauta do Judiciário no Brasil”; Dilma criticou ainda em sua fala juízes brasileiros “que falam fora dos autos” e “juízes que se enturmam com os investigados, por exemplo o senador que eu derrotei na eleição de 2014.”
No dia seguinte à divulgação da pesquisa CUT/Vox Populi que apontou o ex-presidente Lula liderando em todos os cenáriso em primeiro e segundo turno nas eleições presidenciais de 2018, e vencendo a disputa já em primeiro turno, a presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, disse que o resultado dessas pesquisas “dá um trauma generalizado”.
A declaração foi feita na tarde desta quarta-feira 19, durante um encontro com lideranças sindicais em Washington, nos Estados Unidos. “O que aparece nas pesquisas? Aparece o Lula. Aí dá um trauma generalizado”, comentou.
Segundo ela, o processo contra o ex-presidente é hoje “a principal pauta do Judiciário no Brasil”. “O fator Lula é um fato extremamente complicado. Porque eles sabem que em qualquer processo democrático não se usa medidas casuísticas como montar de tudo quanto é jeito e forma um processo contra ele. A questão de montar um processo contra o Lula é algo que é a principal pauta do Judiciário no Brasil”, afirmou.
Sem citar nomes, ela criticou ainda a postura de juízes brasileiros, como de Sergio Moro, que recentemente, em um prêmio concedido pela imprensa, apareceu sorrindo em fotos ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Você não pode ter um combate à corrupção adequado quando, no Judiciário brasileiro, tem juízes que falam fora dos autos, tem juízes que se enturmam com os investigados, por exemplo o senador que eu derrotei na eleição de 14”, alfinetou.
Dilma falou ainda sobre o que chamou de “método de transformar a mídia brasileira oligopólica em judiciário”. “Uma pessoa não é julgada pelo judiciário primeiro, ela é julgada pela mídia”, destacou.
A presidente deposta falou ainda sobre a retirada de direitos que vem sendo feita pelo governo Michel Temer e destacou a força dos movimentos sociais no País, que têm protestado contra as reformas e pela saída do atual presidente. “Eu espero dos movimentos muito tenacidade. Eu espero resistir, não desitir. E acho que eles têm essa força”, disse.