A perícia na gravação da conversa entre o presidente Michel Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, foi concluída pelo Instituto Nacional de Criminalística. A expectativa é de que o laudo seja enviado ainda nesta sexta-feira (23) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que é o relator da Lava Jato na Corte.
Na conversa, Joesley Batista comenta sobre uma suposta “compra” de um procurador da República e de juízes, além do pagamento de propina pelo “silêncio” do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.
Joesley também pede a Temer que indique o interlocutor, já que o ex-ministro Geddel Vieira Lima estaria fora de circulação. Temer então indica o ex-assessor Rocha Loures. O empresário pergunta se poderia tratar de “tudo” com Loures, e Temer confirma. Loures foi flagrado em filmagem carregando uma mala com R$ 500 mil, em São Paulo, que teria sido entregue por Ricardo Saud, operador da JBS. Interrogado pela Polícia Federal, Joesley afirmou que o dinheiro seria para o grupo de Temer.