O avanço da parcela da população pobre no Brasil revela uma situação mais crítica quando se observa a situação sobre a ótica regional. Das 27 unidades da Federação, 14 têm mais de 40% de sua população na pobreza. Em quatro estados, o percentual supera 50%, todos do Nordeste. Os dados são de um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), a partir de microdados da PNAD Contínua, do IBGE.
Na média brasileira, a parcela era de 29,62%, em 2021, ou quase um terço da população, ante 25,08%, em 2019, antes da pandemia. Ao todo eram 62,9 milhões de brasileiros, em 2021, nessa situação – 9,6 milhões a mais do que em 2019. Por essa classificação, pobres eram aqueles são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita/mês a preços do quarto trimestre de 2021, R$ 5,50 por dia.
A linha de corte de R$ 497, per capita mensal, é a mais alta para se classificar o contingente de pobres do país e segue critérios internacionais de pobreza. Pelo Auxílio Brasil só é considerado pobre quem vive com menos de R$ 210 per capita/mês a preços de quarto trimestre de 2021. Além dos quatro piores, a situação é crítica nos demais estados do Nordeste.
Os 62,9 milhões de brasileiros que, em 2021, tiveram perda de renda foi muito grande, cerca de 29,6 % da população do país porque entre 2019 e 2021 recebeu quase 9 milhões de novos pobres. Um empobrecimento inacreditável. Esse número representa quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia – afirma o economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social e responsável pelo levantamento.
Das 27 unidades da Federação, 25 registraram aumento da pobreza no período de 2019 para 2021. A pior evolução dos indicadores de pobreza no período da pandemia foi observada em Pernambuco, com um aumento de 8,14%. Nesse estado, a participação dos pobres subiu de 42,18%, em 2019 para 50,32%, em 2021.
As únicas quedas de pobreza foram observadas em Tocantins e Piauí.
O estado com a menor taxa de pobreza, como já tinha ocorrido antes, foi Santa Catarina, com apenas 10,16% da população, vivendo com menos de R$ 497 por mês, seguido do Rio Grande do Sul (13,53%) e Distrito Federal (15,70%).
Em 2021, a maior taxa de pobreza no Brasil era observada no litoral e Baixada Maranhense que tinha 72,59% de sua população vivendo com menos de 497 reais por mês de renda per capita. Florianópolis tinha apenas 5,7% nessa situação.
Mas estão sendo preparados programas para tirar da pobreza grande parte da população do estado. É urgente uma providência forte, pois isso é intolerável. Informações: jornalitaquibacanga
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