O Hospital Aquiles Lisboa (HAL), unidade que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nesta quinta-feira (18), ação alusiva ao Janeiro Roxo. Para incentivar o diagnóstico precoce, a unidade realiza o teste de sensibilidade e avaliação médica com o dermatologista, no ambulatório da unidade.
“Buscamos desenvolver ações com o intuito de levar esclarecimento à população sobre a doença. Hoje, especificamente, promovemos atendimento de livre demanda no ambulatório de forma a facilitar o acesso a avaliação com dermatologista e o teste de sensibilidade”, disse a diretora geral do HAL, Cacilda Almeida.
Na ação, a unidade ofertou palestra com a dermatologista Celijane Rodrigues, com orientações sobre a transmissão, sinais e sintomas e tratamento para os casos suspeitos da doença. A hanseníase é uma doença crônica, infecciosa, transmissível que atinge pele e nervos periféricos. Ela é identificada de quatro formas clínicas: indeterminada, tuberculóide, borderline ou dimorfa e a virchowiana ou lepromatosa.
Os principais sintomas são manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas no corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, ao tato e à dor; caroços avermelhados, às vezes doloridos; sensação de choque com fisgadas ao longo dos braços e pernas; áreas com diminuição de pelos e suor; e o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a uma perda da força do quinto dedo da mão.
É o caso do lavrador Francisco Costa, de 29 anos. Ele conta que há pouco menos de um ano vinha sentindo cansaços excessivos, até mesmo quando não praticava nenhuma atividade física ou laboral. Além disso, começou a notar pequenos nódulos que apareciam em suas pernas e braços, bem como dores nas articulações. Foi quando ele iniciou a investigação e recebeu o diagnóstico da hanseníase no início de janeiro deste ano.
“Durante o tratamento, os profissionais compartilham bastante orientação sobre a doença porque infelizmente ainda existe muito preconceito. Mas estão me ajudando a não me sentir inseguro, tanto que digo às pessoas que ao notar o primeiro sintoma, é bom procurar uma unidade mais próxima, marcar a consulta e se cuidar”, compartilhou Francisco.
Na rede estadual, são referência para casos de hanseníase o Hospital Aquiles Lisboa e o Hospital Dr. Genésio Rêgo, situado no bairro da Vila Palmeira, em São Luís.
De acordo com a coordenadora do ambulatório do HAL, Cíntia Agostino, por mês, o hospital realiza uma média de 800 atendimentos ambulatoriais para investigação e diagnóstico. “São pacientes que já fazem o acompanhamento para a doença, como também aqueles que realizaram consulta dermatológica. A depender de cada caso, o tratamento pode durar entre seis meses a um ano”, explicou.
Após a recepção, o paciente é inserido no fluxo do programa da hanseníase, desenvolvido pelo Hospital Aquiles Lisboa. Lá ele passa a dispor do acompanhamento de médicos, enfermeiros, serviço social, psicóloga, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, podólogo, além de farmácia básica para tratamento da infecção.
A programação alusiva ao Janeiro Roxo no Hospital Aquiles Lisboa conta ainda com ações de orientação sobre a doença, sua forma de transmissão e tratamento no Shopping São Luís, nesta sexta-feira (19); no Hospital Nina Rodrigues e na Unidade Sorrir Ponta do São Francisco, nesta segunda-feira (22) e ainda no dia 26 janeiro.
Triagem
Durante todo o mês de janeiro, o ambulatório do Hospital Aquiles Lisboa fará a recepção dos pacientes por demanda espontânea, sempre de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. As pessoas com suspeita para hanseníase serão atendidas pela equipe de profissionais e direcionadas ao dermatologista para fazer o teste de sensibilidade e exames posteriores, se necessário.
No momento da consulta basta apresentar documento original com foto, Cartão do SUS, comprovante de residência e deixar um telefone para contato. O agendamento pode ser feito tanto presencialmente como por telefone, através dos números (98) 98509-7855 / (98) 98624-2507.
A unidade recebe pacientes que residem tanto na Grande Ilha como no interior do estado. O Hospital Aquiles Lisboa (HAL) integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e é gerenciado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).
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