São Luis/MA – Além de fundador e ser um dos líderes do Bonde dos 40, Alan Kardec Dias Mota, assassinado ontem dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas pelo pistoleiro Jhonatan de Souza Silva, foi um dos responsáveis pelo comando dos incêndios a ônibus na capital, em 2014. Naquela ocasião, morreu Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, queimada dentro de um coletivo.
Em 2014, após o episódio lamentável e violento, foram presos Giheliton de Jesus Santos Silva, o Gil, José Bonifácio e Alan Kardec. Eles foram transferidos de Pedrinhas para um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Jhonatan, o assassino confesso do jornalista Décio Sá, foi com eles para o mesmo presídio.
No ano passado, Gil e Kardec e José Bonifácio voltaram para o presídio de Pedrinhas, de onde fugiram, mas foram presos em um terminal rodoviário no Pará e conduzidos de volta. E, 13 de julho de 2016, Gil foi assassinado por um companheiro de cela de forma violenta, inclusive encontraram um pedaço de cabo de vassoura introduzido nele.
Ontem, durante o banho de sol, Jhonatan matou Alan Kardec no Complexo de Presidiário de Pedrinhas com um pedaço de ferro, perfurando o peito do detento. Levado ao Socorrão II, Kardec não resistiu.
Jhonatan disse na delegacia que Kardec lhe fazia ameaças de morte e que na semana passada chegaram abrigar numa quadra de esporte.
Do lado de dentro e fora de Pedrinhas, o clima que reina na facção Bonde dos 40 é de revolta e vingança. O pistoleiro Jhonatan foi levado para a delegacia da Vila Embratel, onde prestou depoimento, e retornou para o presídio, ficando em uma cela isolada.
Em Teresina ele ainda será julgado e condenado pela morte do agiota Fábio Brasil, executado a tiros dentro do seu carro em avenida bastante movimentado em plena luz do dia. O matador foi Jhonatan.
No crime contra a vida do jornalista Décio Sá, o pistoleiro foi julgado e condenado a 25 anos. Agora, com mais um crime nas costas, deve passar por novo julgamento e aumentará mais ainda os dias de vida na cadeia, isto se viver até lá.