Filho do Teori Zavascki, o advogado Francisco Zavascki, prestou entrevista à jornalista Janaina Garcia do UOL Notícias, com algumas considerações muito importantes sobre suas desconfianças quanto à circunstâncias da morte de seu pai. Segundo ele, “são muitas coincidências” para desconsiderar totalmente um assassinato. Teori era relator do processo da Lava Jato no STF, sua fama de casmurro e recluso, dificultava a aproximação de qualquer um dos políticos envolvidos e sua morte, portanto, se deu em circunstâncias muito estranhas, sendo a segunda morte por acidente de avião, no cenário político decisivo, desde 2014, o primeiro, foi o de Eduardo Campos, durante as eleições de 2014.
O que levanta mais suspeitas sobre o caso é a não conclusão das investigações, por parte do CENIPA (Centro de Investigações e Prevenções de Acidentes da Aeronáutica), mesmo 12 meses depois.
“Imagino que, em um caso dessa repercussão, a polícia esteja tomando todas as medidas cabíveis e adotando todas as precauções para que se tenha a conclusão mais segura possível. Mas acho que se justificam as ilações de que também possa ter havido homicídio, já que eram tantas as coincidências e já que o momento era tão propício…”, afirmou, referindo-se à proximidade de homologação das delações pelo relator dos processos no Supremo.
Quero acreditar que foi um acidente; eu ficaria mais feliz se descobrisse que foi –até porque, não tenho nenhum dado objetivo que diga que foi ou não um homicídio, já que as investigações não terminaram. Quero ler as conclusões [do inquérito] e tirar as minhas próprias conclusões”.
Mas ressalvou: “Ainda não consegui conviver direito com essa perda, ainda não me conformei. Parece que foi ontem e, ao mesmo tempo, parece uma ferida que nunca sara”.
Na avaliação dele, Teori representava uma espécie de “ponto de equilíbrio”, dentro do Supremo, em meio à pressão política