Eternizada pelo papel da Princesa Leia na franquia ‘Star Wars’, atriz enfrentou drogas, transtorno de bipolaridade e a vida pública desde a infância.
Morreu na manhã desta terça-feira, aos 60 anos, a atriz Carrie Fisher. Conhecida pelo papel de princesa Leia, da franquia Star Wars, ela havia sofrido um ataque cardíaco na última sexta-feira, 23, durante um voo entre Londres e Los Angeles. O enfarte ocorreu 15 minutos antes do pouso da aeronave, onde ela foi atendida por enfermeiras identificadas entre os passageiros e, em terra levada a uma UTI (unidade de terapia intensiva) em estado crítico. “É com grande tristeza que Billie Lourd confirma o falecimento de sua mãe, Carrie Fisher, às 8h55 da manhã desta terça. Ela foi amada pelo mundo e sua falta será profundamente sentida”, diz comunicado enviado pelo porta-voz da atriz ao site da revista The Hollywood Reporter.
Além de ser princesa Leia, papel com o qual experimentou o estrelato, Carrie Frances Fisher foi escritora e roteirista e deu vida a dezenas de personagens. Filha de famosos, ela passou toda a vida sob os holofotes de Hollywood. Falou abertamente sobre problemas com drogas, depressão e transtorno de bipolaridade. Foi rebelde, heroína e musa – dentro e fora das telas. Um especial feito pela HBO sobre a sua vida incomum, Wishful Drinking, foi finalista do Emmy na categoria variedade, música e comédia, em 2011.
Biografia — Nascida em Los Angeles, em 21 de outubro de 1956, Carrie era filha da atriz Debbie Reynolds e do cantor Eddie Fisher. Desde cedo, aprendeu a lidar com as peculiaridades da fama. Ela tinha dois anos quando seu pai decidiu se divorciar para se casar com Elizabeth Taylor, em um escândalo que chacoalhou a imprensa no fim dos anos 1950. Elizabeth, na época, era amiga próxima da família e viúva de Mike Todd, melhor amigo de Fisher.
Carrie encontrou nos livros o refúgio para a vida agitada dos pais. Leitora ávida, se revezou entre a escrita e a atuação ao longo dos anos. Abandonou o colégio na adolescência e estudou artes em Londres e Nova York. Fez seu primeiro trabalho como atriz nos palcos da Broadway, no musical Irene, em 1973, antes de estrear no cinema, na comédia Shampoo (1975).